A pelagem
do coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus)
difere segundo as regiões, apresentando-se acinzentada, com tons amarelados e
acastanhados na nuca e patas e com a face anterior esbranquiçada. Prefere solos
cobertos de urze, matagais, campos abertos e prados, orlas de terrenos
agrícolas, bosques e solos arenosos e secos como habitat, onde pode encontrar
folhas de espécies nutritivas, incluindo couves e cereais em germinação, das
quais se alimenta.
Normalmente
crepuscular e nocturno, o coelho-bravo possui uma estrutura social bem
definida, ocorrendo interacções agressivas durante a época reprodutiva devido à
defesa territorial e ao acesso às fêmeas, no caso dos machos, e à competição
pelos melhores locais de reprodução, no caso das fêmeas. É uma espécie
polígama. O período de gestação é de 28-30 dias e cada fêmea, em média, tem 2-4
ninhadas por ano. Esta capacidade de reprodução, gerando grandes ninhadas, está
na origem da tradição do coelho da Páscoa.
No
Antigo Egipto, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida e alguns povos
da Antiguidade consideravam o coelho como símbolo da Lua que determina a data
da Páscoa. Estes factos terão dado origem à relação entre o coelho e a Páscoa
que marca a ressurreição, vida nova, tanto dos judeus como dos cristãos.
O
coelho-bravo é uma espécie importante nos ecossistemas mediterrânicos, fazendo
parte da alimentação de uma ampla gama de predadores, sendo a presa principal
de espécies em perigo de extinção, como o lince-ibérico e a águia-imperial.
Em Mira, o
coelho-bravo é relevante não só no equilíbrio ecológico mas também por ser uma
espécie cinegética, uma vez que nesta região, a caça é muito praticada pelas
populações.
O CianMira deseja a todos os seus clientes e parceiros uma Óptima Páscoa!
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