Os cavalos-marinhos são peixes particularmente interessantes e peculiares. Actualmente existem cerca de 35 espécies de cavalos-marinhos com uma extensa distribuição mundial. São tipicamente costeiros e habitam águas calmas de mares tropicais e temperados de África, América do Norte e Sul, Europa e Austrália. Vivem associados a recifes de coral, fundos com algas ou mangues. Na costa portuguesa estão referenciadas duas espécies: Hippocampus hippocampus e Hippocampus ramulosus.
A maior parte dos cavalos-marinhos são pequenos e mantêm uma postura vertical para se alimentarem, prendendo as suas caudas nas ramificações das algas, de forma a se camuflarem. Alimentam-se de pequenos crustáceos e peixes, por sucção. Os seus olhos funcionam de forma independente, o que lhes garante um mecanismo de defesa melhorado.
A biologia reprodutiva dos cavalos-marinhos é fascinante e única, sendo os únicos animais conhecidos em que é o macho a ficar "grávido".
Durante a época de acasalamento (Primavera-Verão), inicia-se uma dança envolvente, com ambos os peixes a mudar de cor e a entrelaçar as caudas, rodando em movimento circular. Durante esta dança, a fêmea transfere os seus óvulos para a bolsa do macho. Após a fertilização, o macho, e apenas ele, é responsável pela alimentação, oxigénio e eliminação de produtos tóxicos dos embriões. É, portanto, ele quem dá à luz, acabando por libertar miniaturas de cavalos-marinhos.
As populações destes maravilhosos seres têm vindo a diminuir como consequência do aumento da pesca, principalmente durante a época de reprodução, e da utilização destas espécies na medicina e joalharia. É, portanto, urgente conservar estas criaturas que, para além de espécies extraordinárias, são um exemplo de pais dedicados.
O CianMira deseja a todos os pais, um excelente dia!
Fonte da fotografia: www.fusedjaw.com
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