O tritão-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai) é um urodelo (anfíbio com cauda visível) de pequeno tamanho podendo atingir um comprimento total de 65 a 90 mm. O seu nome advém do facto do ser ventre ser tipicamente laranja (ver foto). Em contraste, o dorso apresenta tons acastanhados, verde-oliva ou amarelados.
Habita prados, bosques e zonas agrícolas, podendo também surgir em ribeiras com vegetação abundante e fracas correntes, charcos, poços, tanques, lagoas, represas e albufeiras.
A sua alimentação varia consoante o seu estádio de desenvolvimento: fase aquática (durante a época de reprodução) ou terrestre (durante o resto do ano). As larvas e os adultos em fase aquática alimentam-se de pequenos invertebrados aquáticos enquanto os adultos em fase terrestre preferem invertebrados como minhocas e lesmas.
Esta espécie está confinada à Península Ibérica (endemismo ibérico). Em Portugal, este tritão distribui-se em quase todo o território continental, verificando-se a sua inexistência no interior alentejano, baixo Ribatejo, entre a Figueira da Foz e Nazaré e na costa algarvia.
Esta espécie apresenta um estatuto de conservação pouco preocupante. No entanto, as principais ameaças são a perda de habitat; a existência de uma doença (iridovirus) detectada no Parque da Peneda-Gerês, pensando-se que esta doença tenha sido transferida pela perca-sol (peixe predador introduzido); o impacto de espécies introduzidas como o lagostim-vermelho-do-Luisiana e o vison; a disseminação do fungo cítrico e as alterações climáticas.
Os predadores naturais incluem as víboras-cornudas e as cobras-de-água, nos adultos, e insectos aquáticos, larvas de libélulas e salamandra e tritão-marmorado, nas larvas.
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